1.8.25

Tempestade

Confesso que pensei em ti demais, 
que nunca te deixei um só minuto, 
que vi por entre as nuvens divinais
as páginas de um sonho resoluto... 

Confesso que o desejo absoluto 
é um sonho de miragens soturnais, 
talvez não fosse mais que um dissoluto
desejo de querer-te sempre mais... 

Mas bebo teu perfume e me embriago
da tua consciência, deste afago 
sem culpa, sem clemência, sem razão

te beijo, Tempestade caudalosa, 
e o choque da tua boca cor de rosa
é luz, clarividência e redenção... 

8 comentários:

  1. Magníficas metáforas compõem esse cenário onde há desejo de paz. A solidão não ajuda no remorso, nem retira a culpa. Muito inteligente. Muita luz e paz. Um ótimo final de semana. Abs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Às vezes, apaixonar-se é necessário.
      Luz e paz, Sonya.

      Excluir
  2. "carburei" este decassílabo silabando o ritmo e a melodia de cada verso. E gostei do que li.
    Um abraço,

    ResponderExcluir
  3. Uma história em um soneto carburado. Gosto demaissss

    ResponderExcluir
  4. Falando sério, gostei.

    ResponderExcluir