São dez horas da noite, quinta-feira.
Depois de carburar um mato fino,
dei play no Spotify — tirei seu pino,
granada defensiva e verdadeira,
e aqui te segurei, nessa trincheira —
e nada de explodir nenhum destino,
e nada a reportar, nada sanguino,
e nada de cruzar uma fronteira!...
Já vamos para as onze. Vamos indo
sonhar não despertar, dormir sorrindo,
meu coração culpado e belicoso,
ouvir teu metralhar desafinado
tem sido um disparate delicado,
tem sido um desespero valoroso!
8 comentários:
Magníficas metáforas compõem esse cenário onde há desejo de paz. A solidão não ajuda no remorso, nem retira a culpa. Muito inteligente. Muita luz e paz. Um ótimo final de semana. Abs
Às vezes, apaixonar-se é necessário.
Luz e paz, Sonya.
"carburei" este decassílabo silabando o ritmo e a melodia de cada verso. E gostei do que li.
Um abraço,
Oi, Eros. Gostei bastante de te ler.
Outro abraço.
Uma história em um soneto carburado. Gosto demaissss
Carburemos, pois B)
Falando sério, gostei.
Falando sério, valeu.
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