Inverno gris fechado, que distinto
desaba sobre o vale e romantiza
a tarde que mansinha vem — me pisa
que mais eu tremo, estalo e sinto
teu golpe ressecado. Tanto instinto
me ocorre transversal pela divisa
e na espinha dorsal se cristaliza,
que a dor me fez melhor e mais sucinto...
Rasga, Inverno Cálido, os instantes
que te conheci as cores cintilantes
nos traços dessa tela boreal!
Que vingue o nosso amor profuso e franco
nesse deserto agudo de tão branco,
tão branco quanto a Morte, quanto o Mal...
Esplêndido soneto!
ResponderExcluirObrigado, Ana!
ExcluirUm abraço pra você!
Perece medieval, já leu Petrarca?
ResponderExcluirNão. Mas li Camões, Bocage...
ExcluirPoema horrível.
ResponderExcluirParabéns.
Professor!!! Obrigado!!!
Excluir