Abre, Inverno, seu corpo retinto,
desaba sobre o vale, romantiza
a tarde que mansinha vem, me pisa
que mais eu tremo, estalo e sinto
e quebro retalhado, tanto instinto
me ocorre transversal pela divisa
e na espinha dorsal se cristaliza,
que a dor me fez melhor e mais distinto...
Rasga, Inverno Cálido, os instantes
que te conheci os olhos conflitantes
da nova ambiguidade boreal,
que mais avanço e galgo, que te banco
nesse deserto estéril de tão branco,
tão branco quanto a Morte, quanto o Mal...
Gostei muito do poema.É um magnífico soneto.
ResponderExcluirAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Agradeço-te, Juvenal!
ExcluirOutro abraço amistoso.
Gostei de ler.
ResponderExcluirAí é inverno e aqui um verão infernal.
Álvaro Pontes
Obrigado pela leitura, Álvaro Pontes.
ExcluirUm abraço.
O Rio não combina com o inverno. Bom sábado!
ResponderExcluirBom sábado!
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