outro soneto?
não sei,
tem sido falho...
obsoleto?
pensei,
e me atrapalho...
outro soneto
te dei,
que
me e s mi ga l h o. . .
me apaixonei?
dancei —
que do caralho!
Que poema excelente!
ResponderExcluirEntre a poesia visual e as transgressões formais de Ana Luísa Amaral:
Soneto científico a fingir
Dar o mote ao amor. Glosar o tema
tantas vezes que assuste o pensamento.
Se for antigo, seja. Mas é belo
e como a arte: nem útil nem moral.
Que me interessa que seja por soneto
em vez de verso ou linha devastada?
O soneto é antigo? Pois que seja:
também o mundo é e ainda existe.
Só não vejo vantagens pela rima.
Dir-me-ão que é limite: deixa ser.
Se me dobro demais por ser mulher
(esta rimou, mas foi só por acaso)
Se me dobro demais, dizia eu,
não consigo falar-me como devo,
ou seja, na mentira que é o verso,
ou seja, na mentira do que mostro.
E se é soneto coxo, não faz mal.
E se não tem tercetos, paciência:
dar o mote ao amor, glosar o tema,
e depois desviar. Isso é ciência!
Ana Luísa Amaral, E muitos os caminhos, Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1995, p. 35.
Beijo
Que poema magnífico trouxeste, Ana. O soneto é uma de minhas paixões, e como tal, está livre para ser tudo e em toda natureza.
ExcluirBeijo
A poesia assume a forma que ela quer. Nos cabe fotografar.
ResponderExcluirBoa semana, amigo Davi.
Álvaro Pontes
Extrato, Álvaro. Boa semana também.
ExcluirMaravilha! Encantada! Bravíssimo!
ResponderExcluirOlá, Anna Lúcia, este servo lhe agradece humildemente.
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