1.8.25

Tempestade

Confesso que pensei em ti demais, 
que nunca te deixei um só minuto, 
que vi por entre as nuvens divinais
as páginas de um sonho resoluto... 

Confesso que o desejo absoluto 
é um sonho de miragens soturnais, 
talvez não fosse mais que um dissoluto
desejo de querer-te sempre mais... 

Mas bebo teu perfume e me embriago
da tua consciência, deste afago 
sem culpa, sem clemência, sem razão

te beijo, Tempestade caudalosa, 
e o choque da tua boca cor de rosa
é luz, clarividência e redenção... 

8 comentários:

Sonya Azevedo disse...

Magníficas metáforas compõem esse cenário onde há desejo de paz. A solidão não ajuda no remorso, nem retira a culpa. Muito inteligente. Muita luz e paz. Um ótimo final de semana. Abs

Davi Machado disse...

Às vezes, apaixonar-se é necessário.
Luz e paz, Sonya.

Eros de Passagem disse...

"carburei" este decassílabo silabando o ritmo e a melodia de cada verso. E gostei do que li.
Um abraço,

Davi Machado disse...

Oi, Eros. Gostei bastante de te ler.
Outro abraço.

Anônimo disse...

Uma história em um soneto carburado. Gosto demaissss

Davi Machado disse...

Carburemos, pois B)

Anônimo disse...

Falando sério, gostei.

Davi Machado disse...

Falando sério, valeu.