São dez horas da noite, quinta-feira.
Depois de carburar um mato fino,
dei play no Spotify — tirei seu pino,
granada defensiva e verdadeira,
e aqui te segurei, nessa trincheira —
e nada de explodir nenhum destino,
e nada a reportar, nada sanguino,
e nada de cruzar uma fronteira!...
Já vamos para as onze. Vamos indo
sonhar não despertar, dormir sorrindo,
meu coração culpado e belicoso,
ouvir teu metralhar desafinado
tem sido um disparate delicado,
tem sido um desespero valoroso!
4 comentários:
Magníficas metáforas compõem esse cenário onde há desejo de paz. A solidão não ajuda no remorso, nem retira a culpa. Muito inteligente. Muita luz e paz. Um ótimo final de semana. Abs
Às vezes, apaixonar-se é necessário.
Luz e paz, Sonya.
"carburei" este decassílabo silabando o ritmo e a melodia de cada verso. E gostei do que li.
Um abraço,
Oi, Eros. Gostei bastante de te ler.
Outro abraço.
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