1.8.25

Trégua

São seis horas da noite, sexta-feira.
Depois de carburar um mato fino,
dei play no Spotify — tirei seu pino,
granada defensiva e verdadeira,

e aqui te segurei, nessa trincheira —
e nada de explodir nenhum destino,
e nada a reportar, nada sanguino,
e nada de cruzar uma fronteira!...

Já vamos para as oito. Vamos indo
sonhar teu despertar, dormir sorrindo,
meu coração culpado, que calor!

Ouvir teu disparar desafinado
tem sido um disparate delicado,
tem sido um desespero de dulçor!

8 comentários:

Sonya Azevedo disse...

Magníficas metáforas compõem esse cenário onde há desejo de paz. A solidão não ajuda no remorso, nem retira a culpa. Muito inteligente. Muita luz e paz. Um ótimo final de semana. Abs

Davi Machado disse...

Às vezes, apaixonar-se é necessário.
Luz e paz, Sonya.

Eros de Passagem disse...

"carburei" este decassílabo silabando o ritmo e a melodia de cada verso. E gostei do que li.
Um abraço,

Davi Machado disse...

Oi, Eros. Gostei bastante de te ler.
Outro abraço.

Anônimo disse...

Uma história em um soneto carburado. Gosto demaissss

Davi Machado disse...

Carburemos, pois B)

Anônimo disse...

Falando sério, gostei.

Davi Machado disse...

Falando sério, valeu.