21 julho 2025

A Justa

Se sabes, cara dama, deste vate
a quantos anda o pulso, que não meço,
que aqui não há limite, te confesso
que nada disto é amor, mas sim combate!

Contrário a me poupar de todo abate,
desnudo o elmo e a malha, me ofereço
sabendo ser lançado, te obedeço,
e mesmo que tal feito, então, me mate...

Servi-la, que servir é minha sina,
será, por mais complexa a toxina,
melhor que não te ver, não te escutar...

Não sabes como entendo essa fraqueza 
de ser mais desejada que a certeza 
de ter alguém pra quem se declarar...

6 comentários:

Ana Tapadas disse...

Esplêndido soneto!

Davi Machado disse...

Obrigado, Ana!

Um abraço pra você!

Bea disse...

Perece medieval, já leu Petrarca?

Roberto de Souza disse...

Poema horrível.
Parabéns.

Davi Machado disse...

Não. Mas li Camões, Bocage...

Davi Machado disse...

Professor!!! Obrigado!!!