Ou poemas dedicados ao Sol
Jamais direi, não mesmo. Se disser
do arrepio adocicado que provoca
a simples assonância da tua boca,
que diz-me tudo aquilo que se quer.
Não digo, e sem dizer nada sequer
lacuno uma certeza que me choca,
e o quadro que te beijo se desfoca
na lente do silêncio que é não ter.
Espero que desflore a primavera,
que agora furta cores de quimera
no lance que acontece — que castigo!
Que néctar de sol borboleteio!
Que febre, que luxúria, que tonteio!
Que nunca te direi, que te não digo...
2 comentários:
Gracias por pasarte, cariño.
Besos
Laura Assis
Abrigado, Laura. Abraço.
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