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Silêncio interno.
Outono estende sua cama de palha...

Nostálgico



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Eu quero um canto
para descansar
fazer macarronada
com salsicha e ver
na Sessão da Tarde
a Lagoa Azul
inédito que nunca
passou na TV

Imagens em verde



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Os grilos saltaram no pântano,
os sapos coaxaram de espanto...

No rapto das esmeraldas, tácitas
as ladras serpentes se esgueiravam...

O musgo musga alegre e esplêndido
naquele muro sábio e barbado...

As górgonas dançam emblemáticas
de olhos fechados no salão de espelhos...


Átomo



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Deixe-me só.
Que só eu fique...
Uma só nota,
um só repique...


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Um poeta morto no caminho...
Crianças brincam em ciranda,
coroam sua fronte com louros
recortes de jornais e revistas...


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a gente queria conquistar o mundo
queria a gente
queria o mundo


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Não sei. Vender poemas me lembra
o açougue do seu Onofre,
ele sempre sorri simpaticíssimo
com as mãos embebidas em sangue.




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A minha cabeça
dependurada
no mastro,
a minha cabeça
desfigurada,
um astro.

A minha cabeça
de sonho
desguarnecida.
A minha cabeça,
suponho,
planeta sem traço de vida.