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II



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Cavalgando sobre a viração maldita, 
traz aos lábios fresco beijo, sutilmente
emulando um novo amor pra quem medita
deslumbrado, adocicado e adolescente...

Numa treva que entre as trevas é infinita, 
que consome tudo em fome de repente,
estendidas asas de abutre esquisita
que se banha só do sol indiferente...

Tal prazer da carne rasga seu tecido
coligindo o Graal que nunca foi perdido, 
sem matizes, na constância contumaz, 

mas acende sempre o incenso indefinido 
nesse altar deteriorado e desbenzido 
que do corpo se desgraça e se desfaz...

Das Noites I



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Imoral desnuda-se e não difere
a própria persona - quase pessoa
que a dos seus pais nega, porém ressoa
no trejeito o timbre que se transfere. 

Diz verdades castas a quem se fere 
da simplicidade, seja má ou boa, 
nunca indiferente, mesmo que doa,
admira cruel, o que lhe confere

memória da infância, incandescência
antes da invasão que rompe a consciência
e dá vida a si, no meio da sinapse

perde-se no quando que é onisciente, 
longe da dor real que tudo ressente, 
start de explosão que escurece no ápice...