As árvores estendem
seus longos dedos magros
seguidos de braços hirtos.
As árvores me parecem telas
do mais profundo
desespero dos vencidos...
21 novembro 2016
21 outubro 2016
20 outubro 2016
15 outubro 2016
Deitado no campo de papoulas
O cavaleiro entrega sua cabeça
que trêmulas mãos de castelã abarcam
há silêncio
o tempo julga e decreta
o coração espera novas freguesias
para o comércio de outra miséria itinerante
o grande Mistério é a adoração
pela ciência da primogênita Virtude...
que trêmulas mãos de castelã abarcam
há silêncio
o tempo julga e decreta
o coração espera novas freguesias
para o comércio de outra miséria itinerante
o grande Mistério é a adoração
pela ciência da primogênita Virtude...
13 abril 2016
Consciência e autocrítica
Sobram-me reticências e vírgulas...
Meu vocabulário é uma vaca carnívora.
À primeira vista minhas ideias são asas,
à segunda são rasas,
à terceira são casas
nas esquinas das fórmulas comprometidas com o uso
do desuso...
Há profundeza nos olhos de quem vê?
No fim
eu sou você,
e vamos mal...
Não entendemos isso de ser poeta profissional.
Meu vocabulário é uma vaca carnívora.
À primeira vista minhas ideias são asas,
à segunda são rasas,
à terceira são casas
nas esquinas das fórmulas comprometidas com o uso
do desuso...
Há profundeza nos olhos de quem vê?
No fim
eu sou você,
e vamos mal...
Não entendemos isso de ser poeta profissional.
3 Notas
I
Quando estou atrasado a rua se renova, nem o sol brilha a mesma tela, aracnídeo. Até o cigarro fumado no caminho empresta um gosto nítido de deboche e despreocupação.
II
O grande motivo da minha falta de pontualidade é o orgulho. O que pensariam de mim se me vissem, esbaforido, correndo léguas para pegar o trem?
III
Se me demoro 5 minutos a mais na cama, minha rotina é varrida por um tornado, meus compromissos esmagados por um piano, minha cara é detonada por uma banana de dinamite.
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