Medo de morrer, eu disse, pois avante surgem templos de conquistas. Meu defeito é minha glória, confiar somente em números já me resolveu teoremas psíquicos que pareciam absolutos. Carne crua aos chacais esqueléticos, despedaço cada membro, cada ciclo de mentir e reconhecer, pois me neguei...
A Artesã da minha angústia, sorrindo curta, diz: "que ingênuo!" Dando de ombros, altiva e augusta.
E novamente é novamente.
Medo de viver... o assunto acaba, as fotos mudam, consumo o sono plástico, um... dois...
Então degusto o grave baixo oitentista, cadência de indústria, fuga comprimida, distorção da juventude doce, pretensiosa, suja...
Galgo colunas de injustiça, outra e outra mais. Finjo ceder, mas é contínua minha raiva: espuma e range os dentes retintos, chacoalha o dorso e ruge a mesma monótona nota de repúdio!
E novamente é novamente.