13 janeiro 2013

Pequenos poemas para rir

I

Por que vais, morena pequenina,
e não me levas em teu burel?
Meu coração – cálida Palestina,
há de abrigar-te num mausoléu!

Sentir-se só é quase uma verdade
que para bem completar-se
o indivíduo tem que despir-se
para crer no próprio disfarce?

II

É noite – eu saio – a cidade é
os jogos dos velhos Adalbertos –
as damas – dominós – carteados –
os olhos dissimulando desertos

III 

Eu fui do burgo o bom castelo –
foi protegida a minha senha,
mas veio o tempo e me deixei
e quando mais pensava sê-lo
...
E até minha alma, que de mim desdenha,
ri de tudo que de mim despenha
...
Hoje excursionam por mim decretos
de um desconhecido rei,
tenho por dias prediletos
os que ainda não infectei
...

IV

Quero-te firme, amante infiel –
Aldebaran das boemias passadas...
Hás de notar muitas fagulhas no céu,
como nossas recordações recortadas...


4 comentários:

Fred Caju disse...

Casa nova. Te mandei um e-mail. Abraços!

Jota Effe Esse disse...

Nesse verdadeiro mar de poesias ficamos sem saber qual comentar. Mas uma coisa é certa, tu és do ramo. Meu abraço.

Davi Machado disse...

Perdão, Fred, nessa época eu era um tonto.

Davi Machado disse...

Valeu, seja você quem for.