Pequenos poemas para rir



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I

Por que vais, morena pequenina,
e não me levas em teu burel?
Meu coração – cálida Palestina,
há de abrigar-te num mausoléu!

Sentir-se só é quase uma verdade
que para bem completar-se
o indivíduo tem que despir-se
para crer no próprio disfarce?

II

É noite – eu saio – a cidade é
os jogos dos velhos Adalbertos –
as damas – dominós – carteados –
os olhos dissimulando desertos

III 

Eu fui do burgo o bom castelo –
foi protegida a minha senha,
mas veio o tempo e me deixei
e quando mais pensava sê-lo
...
E até minha alma, que de mim desdenha,
ri de tudo que de mim despenha
...
Hoje excursionam por mim decretos
de um desconhecido rei,
tenho por dias prediletos
os que ainda não infectei
...

IV

Quero-te firme, amante infiel –
Aldebaran das boemias passadas...
Hás de notar muitas fagulhas no céu,
como nossas recordações recortadas...


2 commentaria:

Fred Caju at: 13 de janeiro de 2013 às 06:28 disse...

Casa nova. Te mandei um e-mail. Abraços!

Jota Effe Esse at: 13 de janeiro de 2013 às 07:52 disse...

Nesse verdadeiro mar de poesias ficamos sem saber qual comentar. Mas uma coisa é certa, tu és do ramo. Meu abraço.