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Posso ver com total clareza?
até onde os meus braços vão?
da minha boca o calor se afasta,
em minha mente pensamentos são

emaranhados em espirais doentes...
Terra infértil... abortados brotam
diante da escultura que eu ergui
para o culto dos que se importam...

E arrasto uma memória ruminal
feito inútil e desgraçado animal,
preso numa velha interrogação...

E ciente do que eu não alcanço
ainda sim inconsciente avanço
até meus pés saírem do chão...

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