Deveria eu silenciar
e ainda mais;
descendo até o íntimo Sheol
para me reencontrar
e esse eu que deveria ser
vir para a luz comigo,
altivo e desconcertante,
mas cada vez que abro a boca
é um declínio, uma miséria,
e já tão fundos
corriqueiros, meio mé, e meio
que cansa a autopiedade,
então deveria eu silenciar
como a pedra da cachoeira
rachada de água gélida,
como o ninho do pardal
ou algo mais bucólico
que me proponha a fuga
daqui.
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