Maria Esfaqueia -
olhos fundos vampirescos,
janelas para o jardim,
Jardim de Arabescos...
Sensualíssima boca aberta
que morde para dentro, vilã
viúva negra e deserta
triste manhã...
Margarida Estripa,
mãos libidinosas mariposas,
coxas esquálidas, pálidas...
peitos de isopor...
Súcubo em primavera,
afluente e furor
de dependência química,
reincidência brutal e cínica.
A minha alma serena,
é uma noite de agosto...
e de manhã, no amarelo,
vou vingar orvalho...
Um sapo de fraque
bebendo conhaque.
bebendo conhaque.
Aquela rua sem fones de ouvido é uma infinda sucessão de passos em preto e branco, mas lá uma vez ou outra se encontra um pássaro todo metido distribuindo pios a deus dará.
Outro dia declarei ao meu amor:
"Eu te amo como a abelha ama a flor!"
Ela viu tanta beleza...
Eu vi tanta natureza...
Mas, Inocência,
se ela tivesse ciência
deste universo frágil
descobriria meu plágio...
"Eu te amo como a abelha ama a flor!"
Ela viu tanta beleza...
Eu vi tanta natureza...
Mas, Inocência,
se ela tivesse ciência
deste universo frágil
descobriria meu plágio...
Eu quero um canto
para descansar
fazer macarronada
com salsicha e ver
na Sessão da Tarde
a Lagoa Azul
inédito que nunca
passou na TV
para descansar
fazer macarronada
com salsicha e ver
na Sessão da Tarde
a Lagoa Azul
inédito que nunca
passou na TV
Os grilos saltaram no pântano,
os sapos coaxaram de espanto...
No rapto das esmeraldas, tácitas
as ladras serpentes se esgueiravam...
O musgo musga alegre e esplêndido
naquele muro sábio e barbado...
As górgonas dançam emblemáticas
de olhos fechados no salão de espelhos...
os sapos coaxaram de espanto...
No rapto das esmeraldas, tácitas
as ladras serpentes se esgueiravam...
O musgo musga alegre e esplêndido
naquele muro sábio e barbado...
As górgonas dançam emblemáticas
de olhos fechados no salão de espelhos...
Assinar:
Postagens (Atom)