Não te vejo, não me vês... é provável,
talvez me tenham como narcisista,
indubitavelmente impenetrável,
chupando cigarrinhos de intimista.
A solidão se torna indispensável,
mas longe de ser tola ou derrotista,
o tédio, igualmente detestável,
preenche meu desterro pessimista...
Cativo da rotina, residente
da soma do que é velho e displicente,
não sei há quanto tempo vivo a esmo.
Os livros que não li são companhia,
meus discos de obscura nostalgia -
são temas do deserto de mim mesmo...
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