Para o Náufrago



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Tela de óleo, alma do Luar!
Barco ancorado em nuvens 
que a propósito, tão inúteis,
não chovem a tristeza que tens.

Quem te dera, deslocado,
saber-te breve como a infância 
que tu não cansas recordar 
cheio de insignificância.

Nada em ti te pertence,
embora busques certezas 
que enfeitam tardes vazias 
com falsas e frágeis grandezas.

Nada em ti vale o esforço 
de cumprir o que é prometido...
Que destino será naufragar
sem jamais haver partido?!

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