Eu me vejo um bicho indefinido
entre a folhagem espessa escura,
ninguém sabe por onde tenho ido,
minha espécie não tem conjectura...
Meus hábitos alimentares estranhos
envolvem todo tipo de ambrosia?
Envolvem sorver seiva ou sangue
ou mastigar versos tristes de poesia?
Eu me sinto um bicho nunca visto:
animal arisco de hábitos noturnos,
nunca ouvi a voz de Jesus Cristo,
nunca vesti farda nem coturnos...
Será você, grande Sherlock mental
o primeiro a escrever minha pele?
Antes que o tempo seja triunfal
e meu corpo para estudo se revele?
2 commentaria:
Ainda, e sempre passo aqui para ler os poemas do melhor poeta vivo que conheço. Com carinho e respeito.
Obrigado, anônimo(a), você é muito gentil.
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