Avulsos Pós-Punk III



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I

Ele criança amava e amava 
mês após mês, mês após mês... 
ele, feito homem, não dava? 
Não! Trabalha de seis às seis... 

II

Lá vem a depressão, 
lará... lerê... 
E estou na sua mão, 
mas você... 

Você é uma canção,
lerê... lará...
Meu duro coração, 
té quando durará?

III

Eu amo cantar da morte
seus sonetos outonais,
talvez algum dia - má sorte, 
ela me cobre os autorais...

IV

Se sou isso, 
aquele sou - 
se sou outro
um outro sou,

Se há mais "se" 
travo... Contudo, 
se não há "se"... 
(telefone mudo) 

V

Estranha tarde outonal aquela
onde o anjo que tudo me revela
veio visitar-me... 
E disse, mantendo a compostura, 
que a minha nova sepultura 
tá um charme! 


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