Café



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Esses verdes olhos de vidro - 
agora sozinho finalmente 
experimente o último espasmo
numa pilha de lixo indigente...

Eu vi porcos - certo que o devorem
como lentamente tenho sido...
Menos, né? Por um segundo eu
invejei o teu último gemido...

E que esperança! Duvidei até gelar
suas orelhas e abri seu fuço
já com aquele característico
fedor de carne quase ida - soluço...

Bem, eu o amava... nada contradiz, 
sempre recorro à poesia unguento...
Mas os anos 20 estão aí, baby, 
e a dor é um algoritmo lento...
................................................. 

E eu que não quero chorar mais
marejo diante de ti, me estio
ao falhar no contrato de macho
nesse olhar de vidro verde vazio...

2 commentaria:

Anônimo at: 7 de fevereiro de 2025 às 18:13 disse...

Há anos eu não escrevo mais um soneto. Desde aqueles tempos. Mais ainda os guardo, todos. Meus e não.

Davi Machado at: 9 de fevereiro de 2025 às 04:24 disse...

Tudo há seu tempo, né, mas a poesia tá aí em você.