Primeiro de Março



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É manhã
e as árvores imóveis, 
sentinelas do vale, 
resguardam o canto dos pássaros...
Procuro-me
no condado, na ordem, no instinto
farejo meu rastro e lembro
que fui regar as plantas...
O verão açoitou até a morte
os tapetes de rainha inocentes 
debruçados, distraídos
olhando quem sobe as escadas...
É quase silêncio... 
ao fundo da vila, um rádio louva
com minha irmã que delira
e nega os medicamentos...
Tomo café
enquanto meu amor me lê,
antes de ir embora
e quando vai embora
eu fico. 

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