I
Janeiro, estranho janeiro...
Nem sol, nem aquele forte
excepcional sentimento de cheia
da nuvem redentora da morte.
II
Tenho medido o nó da corda
e nutrido bílis demasiada,
da culpa a voz me concorda:
eu não devia pensar em nada...
III
Antes mais que demodê,
o amor uníssono aconteça,
antes uma rima fruto de clichê
do que dar um tiro na cabeça.
IV
Agora são atípicos os avulsos,
descoberta tardia, mas factual...
Ontem sonhei cortar os pulsos
mas não era eu, só outra vestal...
V
Se eu tivesse em oitossentos
chupando no pênis do haxixe,
talvez hoje seria um dos ventos
que movem gênios de pastiche...
VI
Marquei doutora, hein! Quero receita
que do combate vença todo olvídio...
E enquanto a melodia me rejeita
vou da festa evitando o Suicídio...
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