Hiperfoco



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Então encarno Satã tragando a solitude, 
nas furnas abissais vasculho a rede interna, 
no frenesi de cíclope com fome e rude, 
no engano em ver antiga a maldição moderna...

Intruso é o meu pesar, se penso, logo inflamo, 
enxergo tão somente aquilo que me apraz
e deixo mergulhado na lama a quem amo
pra ter mais uma pétala rara e lilás...

Tomado por tomar-me de assalto eu procuro
mais um outro obter por fim catalogar
na ausência de presente, passado ou futuro...

E enfim, dado o prazer da nova coleção
prevejo da semente o novo germinar 
no beijo decadente da mesma obsessão... 

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