Que faço se as voragens não me largam?
Reduto da paixão, quanto padeço
e pago novamente um caro preço
por um papel de versos que te amargam...
Reduto da paixão, me dê teu preço,
um preço para os braços que te largam,
vitrine de sonetos que me amargam
no corte dos pedaços que padeço...
Bonito isso a dúvida, não vês
que tudo se repete ou contradiz
e volta a te dizer mais outra vez
e assim dizendo vai e não prediz
aquilo que produz no que tu vês,
que não dizendo diz o que te diz...