"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.”
Machado de Assis
Eu tenho um Verme como amigo,
que sempre ampara meu suplício
quando se chega, meretrício,
a se enredar no que te digo...
Verme Destino, não o predigo,
se bem conheço do teu ofício,
se vens render da rima o vício
ou vais compor um novo antigo...
Vejo-o dançar sobre esse lodo,
a desprezar o Mundo e o Todo,
moldando Golens para amar-te.
Teu mal prazer mais nos instiga,
e nos impõem, logo castiga,
assim na morte como na arte.
0 commentaria:
Postar um comentário