O calibre grosso
do fundo do fosso,
soturno esboço,
betume do troço;
monótono fulo,
vibrátil casulo,
volátil adulo
que domo, que bulo;
do medo modorro
degredo e esporro
que monto, que morro,
que surjo socorro;
tirano amigo
que firo, que digo
no fado que irrigo
no nó do umbigo;
dobrado borrão
do lábio do não
vingado e malsão
amado irmão;
conciso no dom,
afago do som,
rebolo do tom
que é vago, que é bom,
que transo no avanço,
não calo, não canso,
abismo que danço
metálico e manso;
translúcido torvo
que d'olho do corvo
te trago e absorvo
num túrbido sorvo,
que mais reverbero,
que pronto pondero
contínuo, prospero
rosnando o que quero;
que pulso e trituro
passado, futuro,
silábico e duro
quadrúpede puro!
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