X A Vítima



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Nenhuma dor supera a que consagro
no lacrimal batismo, sorumbático, 
escolho tanto o cravo quanto a lança
no ensejo de ser crivo e condenado, 

e ver cair, meloso, o sangue tórrido 
dos golpes mais sonoros, gustativos, 
e ver romper tendões, a pele e os ossos, 
já fartos dos prazeres, dos cuidados... 

Só minha dor coitada punge, inflama, 
e surta, e grita, e falha, e me segrega
na mão que me socorre e me arrebata,

no quadro eternizado da capela, 
no trono de miséria, que me exulto, 
igual a Deus? talvez! ou mais, ao Nada!... 

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