Palavra por palavra. Tudo dito
na fração dos segundos, um recorte
sobre o que se mantém confesso e forte
e tão contraditório, tão bonito...
Palavra bem pensada, sem conflito,
que vem tão natural, sem passaporte
na escala musical, dançada à sorte
do blues desta cintura — requisito
que atende à descoberta rediviva
do acorde relicário, que te viza
vibrando nos ouvidos, sem que cale,
mas não sem consentir, tão bela e viva,
que a boca da palavra, assim, precisa,
te chegue devagar, te beije e fale...
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