Sob signo de Hécate seu servo maldiz a figueira onde os nossos nomes foram rabiscados a lápis d'olho.
A morte vem remando com sua bengala de foice e ressoam os dobres fúnebres nos seus brincos de bronze, enquanto uma a uma as folhas dessa árvore precipitam em slowmotion, o fundo do inferno fica sem foco, o disco que toca é o Pornography. "Ah, maldita seja, mil vezes mais, demónia nerd!"
Passo um tempo salivando o amargor da sua ausência, "raposa! coruja! safada!" A tua escolha descaminha as minhas cismas, é o torpor onde a entrega do fruto e da flor é antinatural, previsível, anticlímax. "Veja aqui, aponto uma raiz podre, é fungo!..."
Tão relativa é a distância, o deboche, a teoria. Quando me podei crendo provocar saudade, jovial, guardei a voz de qualquer intento senil, fiz o mudo, juntei folhas, poemas em branco...
Já são tantas estações, tempestades noturnas, gélidas de insônia, alardes emprenhados de inutilidade, poluções! "Socorris! Jesusis Cristis! M'ajudis!"
Desenho bocas multiformes para texturar janelas fechadas... E é tanto, tanto desabrigo. "Tua culpa! Tua culpa! ansiolítica cacheada!"
Eu que te devo tudo, reproduzo aqui, pela lacuna que deixaste, esse negativo que ninguém mais sabe(?), colagem de miragem a favor do orgulho ressentido. Está pago e não te devo mais nada, ok? "está cheio! cheio de cochonilhas!"
Esta fase irá passar em breve, mas enquanto permanece, eu surto, digo, surfo.
"Se ainda me ama ainda me tem."
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