Dancei com soldados no vale da Morte,
tornei-me despojo, tesouro e consorte
do sangue aspergido, do velho transporte,
meu corpo era o nada no centro do Caos...
Eu tive nas mãos a humana trindade:
a Dor, a Esperança e a Finalidade.
Ouvi o seu canto, ergui sua cidade
altiva e suspensa nas nuvens do Caos...
Da vinha do tempo colhi meu compasso,
bebi do silêncio discreto e devasso
do fim da canção que vibrava no espaço
o som do meu nome nas cordas no Caos...
Dormi com vencidos no jardim da Vida,
um servo da lágrima por cada caída
e em todo levante era mais despedida
no adeus do horizonte de eventos do Caos.