I
Vermelho o grito medonho
insulta a deus, é um sonho
sumir diante do absoluto
sem fim, sem adeus, sem luto...
II
Há meses um npc
de survival horror...
quem me dera você
soubesse me impor
qualquer comando -
algo mais, um sentido
nesse quando em quando
nunca concluído.
III
Mesmo a ausência
torna-se incompleta -
a vida é uma evidência
de uma falta abjeta.
IV
Até quando levar as mãos à fronte,
afundar o crânio entre dez dedos,
na procura infantil alucinar o horizonte
no furor inalcançável dos segredos?
V
Será você, leitor, o Anjo da morte
no deleite dessas vicissitudes,
será o meu amor, minha consorte
no mistério dessas amplitudes?
VI
Salve, Abramelin!... Adramelech,
maldito o arco-íris do teu plasma!
Ah, não importa quanto eu peque
sempre há mais narina pra miasma!
VII
Já já a boca nunca mais diz...
Já já não sobra um relato...
Já já não será mais o infeliz
que em vida vive putrefato...