11 de mar. de 2018

Quando do tempo menos se espera
o ato final de uma vida inteira,
eis que acontece - chega a nova era
e o vento nos espalha em poeira...

Hoje não há "luz que se apaga",
nem uma imagem pobre de matriz,
não há um olhar claro que se alaga,
tão pouco um recital mais infeliz...

Que nome em tua boca vai dormir
silenciosamente resguardado?
Nenhum Caronte vai me conduzir
praquilo que me tem angustiado?

Três dezenas de estrelas reluzentes
que aos risos pelo cosmos fundem átomos...
Quando as vejo - meus olhos transparentes
refletem a minha Ilha de Patmos.

Despido... tribunal... o alarde clama
e crepita em minha pele faiscante,
vem a lembrança de quem me ama
e nada mais que isso é importante...





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