8 de abr. de 2018

Gárgula

Tudo observo do meu lugar altivo,
por mim escoam frias lágrimas celestiais
límpidas e lhanas... Não estou vivo,
nada abala a solidão dos ideais

que na pedra foram eternizados...
Quem há de suportar minha aparência;
aspecto de horríveis gritos dados
em estado de rochosa decadência?

Seis da noite, dobram sinos de bronze,
eu testemunho um crime ao longe... Vejo
amantes encontrarem-se num beijo...

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Nada transpassa o meu degredo frio,
e para sempre cativo silencio...

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