I
Os observo. Do meu covil silencioso
busco capturar o sentido
da minha própria ínfima existência
apenas sendo o contrário...
Quanta similaridade física!
Nada mais. Há partilha no bando
e suas intensões são claras,
por mais medíocres que possam parecer.
Então balanço minha pedra afiada
forçando meu corpo ereto,
sobre a savana imponente caminho,
consciente, atônito e primitivo.
II
Nunca estarei entre meus pares.
Isso posto, invisto em reflexões
que mais flores do que números
me trazem...
Nunca estarei entre meus pares.
Ao nascerem, meu corpo e consciência,
destituídos de ferramentas comuns,
apenas emulam a normalidade típica
dos típicos.
Nunca estarei entre meus pares!
Observe que nossa característica intrínseca
nos compõe solitários e tortos,
como, por deus, iríamos nos agrupar
contrariando nossos níveis de desinteresse
no que é o outro? No que faz o outro.
Nunca estarei entre os meus pares...
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