Ora, se não sou o astro em mim
afogado em mim,
intraduzível?!
Logo aquieto
as minhas intenções sublimes.
Nada em mim é sublime
e o que desprezo
é análogo à minha essência.
Uma fração qualquer -
nem poeira cósmica,
nem barro edênico.
Em mim somente a consciência
me separa da selvageria estúpida,
mas não me livra
da estupidez do ser.
Ora, se não sou o mais paupérrimo
empapado de vaidade, crendo-me raro
entre enjeitados,
em meu cubículo mental?
Ah, demente pedestal!...
Enquanto isso - Eis o sol
a estender suas fitas douradas
para a festa do verde idílico,
dos faunos e das ninfas,
e os deuses estruturais são saudados
para um novo ciclo de dor e de sorrisos.
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