Verdes manhãs, filhas do inverno!
O pássaro compõe, o vento inspira
folheando esse Tolkien sempiterno
como uns dedos a ferir uma lira...
Sou do triste idílio um subalterno
e da minha toca aponto a minha mira
e disparo ao silêncio e ele terno
dá de ombros, sorri e também suspira...
Oh, velhas deidades circundantes
deste vale onde nós somos amantes -
Montanhas que vigiam o meu coma.
Lentamente transfiguro-me com calma
decompondo minha pele, minha alma
sobre o leito pueril do teu bioma.
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