O retorno é um jazz fácil.
Suave voz abraça meus sentidos,
deixo o papel de Atlas para outro,
embora tenha os ombros sacudidos.
E dizes: o ruim se queima só.
E penso: tudo é relativo,
estando em Tróia não fui troiano,
como quisesse não estar vivo.
...
Perco-me no que é real,
mesmo que meus olhos vagos
tentem, inúteis, decifrar
a propriedade dos afagos.
Mas esses olhos doentes
que julgam seus movimentos
preferem ver as ondas do mar
onde dorme a alma dos ventos.
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