Sempre esteve escrito
sem entrelinhas, sempre
esteve por cima dos panos
e nunca deixaste
teu olho vítreo e escuro
repousar ali.
Sempre esteve fácil
como a sua própria sombra,
próximo o bastante
feito uma sombra,
tão verdadeiro e falso -
uma sombra...
Sempre esteve impuro
jogado às três cabeças
do cão que nos olha de volta
quando olhamos para o abismo,
Como um brinquedo
passando de mão em mão
contemplando novos inícios
de realidades esteve, o Sempre:
O deus, a singularidade, a questão...
O poema rolando a pedra morro acima.
Nem a tristeza ou alegria, nem o mal,
nem os pontos cardeais, nem o bem.
Só o sempre,
seu nome - um verbo
sendo escrito.
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