Ah, cantar o fim das coisas,
palavras por entre as loisas
a rodo...
Do sol ver um outro eclipse,
crer-me ser do Apocalipse -
rapsodo!...
Ah, cantar-te ocaso vasto
deste céu de azul nefasto
que impera
sobre as ondas que redobram
quando os afogados cobram -
Nova Era!
E cantar da ceifa o súbito
no meu triste estranho púlpito,
pendão
do esplendor que traz o Outono,
ergo-te, mas te abandono,
perdão...
Dar-te voz, deus preterido,
martelar tema batido,
febril
sorver o teu sumo rude,
sufocar de finitude -
Nihil!...
0 commentaria:
Postar um comentário