IV O Sacerdote



0 commentaria
Silêncio na penumbra que meditas,
coçando do teu falo o cancro duro, 
desejas a pureza do gorjeio 
filtrada por vitrais engordurados,

lá fora corre o riso onipresente, 
completo como tu não podes sê-lo, 
conspiras orações de mendicante 
propondo toda forma de barganha, 

e desces as escadas do teu templo,
arfando grunhos chulos de chorume, 
tua bata suando fátua teus farfalhos... 

O cervo escapa livre e te debates 
na neblina espalhando o nimbo véu 
heroico do paterno Belzebu!...

0 commentaria: