Acordo desconexo e reconcilio
o caos dos meus sentidos desarticulados,
de pronto te procuro pela casa e saio
descalço no jardim onde contorno acácias
e ali porque perdi do teu destino o rumo,
ferido de perfume por qualquer espinho
conduzo pelo breu meu desespero ufano
com mãos inconsoláveis feitas de vingança,
encontro-te no ontem e já despetalado,
teus membros entre espasmos de inocência ida -
no choque roxo puro, surto criminal!
E o riso como luto me vestiu suspeito,
deitado no teu resto, reunido e impuro
no jorro tanto êxtase quanto digressão.
3 commentaria:
"Encontro-te no ontem" é um lance bonito demais de se ler, Davi.
Pois é, Izabela, do ontem sempre vem tanto assombro, pouca coisa vem do amanhã, como a Esperança.
Boto fé, Davi. Sei bem também a cor da desesperança.
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