Por ti desejo ser assassinado
e a febre que me toma, repentina,
sustenta meu delírio depravado
e a morte pelo amor se desatina!...
Vem matar-me, não deixes que assombrado
meu verbo, que por tudo mais opina,
te conjugue piedoso e amedrontado,
que me adora e que nunca me assassina!
Enfim, quando cravar o teu punhal
na insignificância, transversal,
que impera quando penso na existência,
enfim, quanto a sofrer, seria igual
à dor que escorre o chão do hospital
na madrugada em muda recorrência...
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