Alheia a teus verões, vivendo atônica,
na palidez que cobre meu gemido,
na mão desta estação tanto antagônica
e quanto mais sem cor e sem partido,
batida de argumentos, vou platônica
curvando a reta linha do sentido,
sonhando tua imagem babilônica
que rivaliza a um Deus desprevenido...
Não tenho ao menos na alma alguma glória,
pois dela fiz espelho pro teu ego
a custa de exaurir-me, como um susto...
Meu Hélios, toda dor é tão simplória
que em mim por sacrifício te entrego
e penso ser sagrado, bom e justo...
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