III



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Alheia a teus verões vivendo atônica
na palidez que cobre meu gemido, 
na mão desta estação tanto antagônica 
e quanto mais sem cor e sem partido, 

batida de argumentos vou platônica
curvando a reta linha do sentido, 
sonhando tua imagem babilônica
que rivaliza a um Deus desprevenido... 

Não tenho ao menos na alma alguma glória, 
pois dela fiz espelho pro teu ego 
a custa de exaurir-me como um susto... 

Meu Hélios, toda dor é tão simplória 
que em mim por sacrifício te entrego 
e penso ser sagrado, bom e justo... 

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