Não mordes dos meus lábios a romã
por toda vez que queres consumi-lo
e quando ferve o sol desta manhã
não tomas minha pele como asilo?
Não beijas ofegante meu pistilo
na estática textura de uma lã
na mesma noite sempre a conduzi-lo
tão longe da virtude que é vã?
Não podes segredar teu destempero
infante do que diz ser desespero
no abismo de infinita plenitude?
Não gozas cada grumo de ambrosia
no quarto em que tua mão me asfixia
o sonho que deixei na juventude?...
0 commentaria:
Postar um comentário