Já não tenho meu rosto embrutecido
que julgara exclusivo e consequente,
não me pesa o transtorno diligente
de ser suficientemente fingido...
O outro-meta está sempre à minha frente
no impalpável toque de Narciso,
cada passo me espalha o sangue quente
e meu rastro esvanece - impreciso...
Será também banal essa dor e idêntica
a tua dor? Meu igual, pode ser autêntica
tua aparente insistência e desconforto?
Quem me dera alcançar-te e antropofágico
encontrar-me em teu fim, num riso trágico
e sermos logo um só - silêncio morto...