Era um sonho recorrente
deitar sobre papelão,
coberto de um trapo dolente
perto da chuva e do trovão...
Desses desejos sem perna
nem braço, tronco ou cabeça,
gritar um nome na caverna,
morrer antes que anoiteça...
Ir limpando toda cidade
pendurado a um caminhão,
dar costas para a humanidade:
ser a chuva e ser trovão.
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