Sob signo de Hécate, sua serva maldiz a árvore onde os nossos nomes foram talhados. A morte vem de assombro sobre um corcel de bronze e ressoam dobres fúnebres, enquanto uma a uma folhas murchas precipitam dores abortivas, poemas e canções sobre o silêncio. "Ah, maldita seja, mil vezes mais!"
Passo um tempo remoendo o amargor da sua ausência astuta. A tua escolha retorce os meus galhos em direção contrária, um estado de torpor onde a entrega do fruto e da flor é antinatural. "Veja aqui, aponto uma raiz podre..."
Tão relativa é a distância. Quando me podei crendo provocar saudade, jovial, guardei a voz de qualquer intento... Já são tantas estações, tempestades noturnas, quentes e frias, alardes emprenhados de inutilidade, "socorro! Deus! Me ajuda!" Desenho bocas multiformes para texturar janelas fechadas... E é tanto, tanto desabrigo.
Ganhar a vida, né? É o que se diz. Eu que te devo tudo, reproduzo aqui a arte desenstrumental do abismo, um auto retrato negativo, na língua dos anjos abusivos o canto célebre e opaco, colagem de notas dissonantes a favor do orgulho ressentido. Está pago e não te devo mais nada!
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